quinta-feira, 23 de abril de 2009

Dia da liberdade




Não esqueçamos os que morreram a lutar pela liberdade e jamais a alcançaram.
Obrigado a todos os Capitães de Abril que a tornaram possível e em particular aos que vivem na nossa cidade.Capitães Serafim,Santos Silva,Duarte Mendes e Jesus Duarte..

VIVA O 25 ABRIL

14 comentários:

Anónimo disse...

Obrigado a todos eles, por podermos hoje viver em Liberdade!
Pena é que muitos dos ideais de Abril ainda estejam por realizar, nesta espécie de sociedade em que vivemos e em que dá cada vez mais vontade de fazer as malas e partir para outros destinos.

Cumprimentos

Anónimo disse...

ora aqui está uma boa pista para um concurso, depois deste post... quem acham que será o "dono" do Blog?????

Anónimo disse...

São passados 35 anos, em que um punhado de homens se levantou contra o antigo regime, sem derramar uma gota de sangue.
Esses mesmos heróis do 25 de Abril contribuíram para que hoje se viva em liberdade.
Será que foi para esta “liberdade” que se lutou?
Será preciso recordar, que hoje as pessoas falam porque os militares (hoje esquecidos) fizeram algo por isso?
Será necessário haver derramamento de sangue para subverter a actual crise de valores que se instalou na nossa sociedade?
Citando Horácio
“Dulce et decorum est pro patria mori”
Doce e honroso é morrer pela pátria.

Anónimo disse...

Serralha?!?

És tu?!? Ah, malandro... Nunca me enganaste!

Continua assim.

Anónimo disse...

.../...

Recordar Abril de 1974 é trazer à memória um levantamento conduzido por oficiais intermédios da hierarquia militar - MFA- composto, maioritariamente por capitães já fartos da guerra colonial e que, num só dia e, praticamente, sem nenhuma oposição das forças leais ao regime – factos mais do que sintomáticos da real situação em que o regime se encontrava -, trouxe a liberdade ao povo português.

Mas recordar Abril é, também, trazer á memória o período conturbado que se lhe seguiu, comummente denominado como PREC e que ficou marcado, tristemente marcado, pela luta política entre as facções de esquerda e de direita, isto é, entre os comunistas e todos os outros…

Foram nacionalizadas as grandes empresas e saneados, compulsivamente e de forma absolutamente discricionária, sendo, nalguns casos, forçados ao exílio, personalidades que se identificavam com o Estado Novo ou que não partilhavam de igual visão política que então se estabelecia para o país.

O PREC, ainda saudoso para alguns nos dias de hoje, constituiu uma tentativa de instituir em Portugal um regime totalitário comunista por iniciativa de alguns actores políticos da esquerda radical e, muito particularmente, dos comunistas.

Se a ditadura fascista de Salazar/Caetano e o PREC, que lhe fez espelho durante um breve período, se encontram hoje historicamente ultrapassados, é legítimo, no entanto, sustentar-se que os fantasmas de ambos continuam a assombrar os portugueses e a sua capacidade de inovação política económica e social. É urgente revisitar o PREC com a distância e frieza que o tempo hoje nos permite no sentido de o colocar, definitivamente, na época que foi a sua e libertar, de uma vez por todas, o pensamento político português da já mais do que estafada dicotomia “fascista-comunista” que constitui a sua grave doença infantil.

Recordar a liberdade e a democracia em Portugal passa, inevitavelmente, por recordar o 25 de Novembro de 1975, esta sim a verdadeira data que pôs fim a uma tentativa de imposição de um regime totalitário, tão odioso como a que vigorava até Abril de 1974, com a simples diferença de ter sinal contrário.

As recentes promoções, ou propostas de promoção, de Jaime Neves a general e de Otelo a coronel pode querer significar o reconhecimento pelos actos valorosos que ambos tiveram em períodos diferentes da nossa história, não obstante aquela mancha negra, tenebrosa, chamada de COPCOM e que comprometeu, seriamente, a imagem pública e a carreira militar do agora proposto a coronel.

Anónimo disse...

As promoções de Jaime Neves e de Otelo não se podem comparar, porque os pressupostos são completamente diferentes.
Mas adiante... Quanto ao 25 de Abril e aos seus heróis, o meu muito obrigado, e tão ou mais importante o meu muito obrigado a quem no 25 de Novembro, pôs termo a uma tentativa de nos tornar num estado comunista (completamente de acordo com o comentário anterior).

Anónimo disse...

.../...

Quero agradecer ao anónimo das 17.53 de dia 23 a pertinente chamada de atenção que me fez, concretamente alertando-me para o facto dos motivos subjacentes às promoções de Jaime Neves e de Otelo Saraiva de Carvalho não terem absolutamente nada a ver um com um outro; obrigado, sabia-o perfeitamente, mas talvez me tivesse explicado mal aquando do meu post e daí a confusão que gerei e que deu azo ao seu comentário. Pelo facto apresento-lhe as minhas desculpas.

Para que não restem dúvidas a quem quer que seja, a promoção do coronel Jaime Neves a major-general, que não é mais do que a promoção, segundo a carreira antiga, ao posto imediato e que era o de brigadeiro, foi feita por mérito, muito mérito, e na sequência, pelos mesmos motivos, da anterior promoção a coronel; valerá a pena ainda adiantar que o coronel Jaime Neves, pessoa que conheci pessoalmente durante a guerra colonial no princípio da década de 70 e, anos mais tarde, em longas “batalhas” na noite de Lisboa, é detentor da mais alta condecoração existente no país e que é, nada mais, nada menos, do que o Colar de Cavaleiro da Ordem Militar de Torre e Espada, com Palma, e cuja atribuição “visa distinguir méritos excepcionalmente relevantes demonstrados no exercício de funções ou de cargos associados à actividade dos órgãos de soberania ou ao comando de tropas em campanha, estendendo-se, também, a feitos de heroísmo militar e cívico e a actos excepcionais de abnegação e sacrifício pela Pátria e pela Humanidade”.

A promoção a coronel de Otelo não é mais do que, segundo a opinião de alguns, tentar fazer justiça -dirão grande injustiça muitos outros -, devido ao facto de Otelo ter tido um percurso muito atribulado durante o PREC e períodos subsequentes, ao ponto de ter estado preso, factos que lhe custaram, em devido tempo, uma não promoção, tal como aconteceu aos seus camaradas de curso, com uma conduta, assim penso, imaculado, e que ele agora se dá ao luxo de reivindicar colocando-se, exactamente, no mesmo pé de igualdade dos seus camaradas…

Comparar, ou tentar comparar, o perfil e a conduta destes dois militares, bem como as promoções que lhes estão agora a ser atribuídas, não faz, de facto, nenhum sentido pelo que, obviamente, os pressupostos que lhes estão subjacentes estão nos antípodas um do outro.

Anónimo disse...

Não só não tem que me apresenta desculpas, como lhe agradeço a explicitação que fez constar no comentário anterior, que reflecte um profundo conhecimento e direi eu, um reconhecimento pelo que esse punhado de Homens nos ofereceu em Abril de 1974.
Pena é que a Democracia se tenha tornado nesta partidocracia em que hoje vivemos, mas essa é a parte trágica da História.

Anónimo disse...

O PCP considera a eventual promoção do Coronel Jaime Neves a Major-General não só uma medida imprevidente e injustificada, mas uma afronta ao projecto libertador de Abril e aos que para ele deram uma contribuição convicta, audaz e empenhada.

Aos órgãos de informação:

Agradecemos a divulgação da seguinte Nota

1. O PCP considera a eventual promoção do Coronel Jaime Neves a Major-General, uma medida imprevidente e injustificada. Esta promoção com carácter excepcional, cujo processo estará na fase final, encontrando-se já na Presidência da República para promulgação, fundamentada “em razões estritamente militares” e no “mérito e serviços prestados à pátria”, abre um precedente face a outros oficiais superiores com uma folha de serviço semelhante e coloca sérias interrogações sobre as motivações adiantadas.

2. A atribuição de tal distinção por ocasião do 35º aniversário do 25 de Abril, suscitada pelas chefias militares mas com a cobertura política do PS e do Governo, significa objectivamente a atribuição de um “prémio” a alguém que, não só não teve particular desempenho na Revolução e no Movimento das Forças Armadas, como pelo seu percurso é um símbolo de concepções e práticas profundamente retrógradas e anti-democráticas.

3. Para o PCP, tal distinção não pode deixar de ser considerada uma afronta ao projecto libertador de Abril e aos que para ele deram uma contribuição convicta, audaz e empenhada.

O PCP adoptará as medidas necessárias junto do Ministro da Defesa Nacional e do Governo, exigindo todos os esclarecimentos sobre esta situação.

08.4.2009

O Gabinete de Imprensa do PCP

de joelhos, Susana disse...

Sou de Vendas Novas, gostava de participar no "Vendas Novas SOS" mas só vejo anónimos por aqui o que desmobiliza à partida qualquer intervenção mais séria e cordata. Tenho ideias sobre a nossa cidade, mas tenho dúvidas sobre onde e com quem as devo explanar e discutir.

Vendas Novas SOS disse...

Susana
Tem o nosso e-mail na barra lateral.
Quem sabe se podemos começar uma parceria frutuosa?
Quem não arrisca não petisca.
Ousar lutar,ousar vencer.
Aguardamos notícias.

Anónimo disse...

O Gabinete de Imprensa do PCP?
Atento a um blogue de Vendas Novas?
Não estava à espera!

Mas pronto. Sinal dos tempos.
Fora isso, tudo bem!

Anónimo disse...

Como militar de Abril quero lembrar ao sr. "vendasnovassos" todos os militares milicianos e os praças residentes em Vendas Novas e que participaram nas operações do MFA em 1974 pois sem eles não teria sido possível alcançar a vitória.

Quanto às promoç~es de militares na "secretaria" não esquecer dos casos:
-capitão Valentim Loureiro ao posto de "major";

-major-deputado "independente"-do PS( !!!!!!!!!)-Marques Junior- ao posto de "coronel";

....mas vai haver mais umas promoções "fantasmas" até o governo do PS cair......aguardemos.

Isto é uma autentica paródia...até o Condestável já é intitulado "general" não percebo porque não é "marechal"(????)...vá lá ser Santo já não é nada mau.....Será que vai receber retroactivos?

João Serafim disse...

Quero agradecer em meu nome, como filho de um desses capitães, por se lembrarem, eles não querem mais nada, eles fizeram o 25 de abril porque era necessário para todos nós, para os seus filhos, para que hoje possamos falar abertamente num blog. Infelizmente faz se confusão entre a generalidade dos capitães de Abril e esses ditos que apareceram em eventos menos felizes no pós 25 de Abril. E não esquecer que antes do 25 de Abril, muitos desses capitães estiveram num tal 10 de Maio, sem o qual não havia 25 de abril...
Agradeço ao autor do log por se lembrar dos nossos heróis, e com todo o orgulho do meu pai. Só tenho pena serem tantos anónimos...