Quando cheguei junto do lago ouvi uma voz que chamava...ó senhor...ó senhor...não via quem me chamava, olhei para o lado donde vinha a voz e fiquei pasmado, era um coelhinho a acenar-me com as orelhas.
-Olá coelhinho, queres alguma coisa de mim?
-Quero sim meu amigo, quero que me libertes desta prisão, quero sair daqui, quero voltar para o pé dos meus pais e dos meus irmãos, eu não fiz mal a ninguém para estar preso nesta ilha, prefiro ir para o campo e levar um tiro de um caçador que estar aqui na companhia dos gansos, dos cágados e das ratazanas. Nem tenho uma coelhinha com quem namorar e que me aqueça os pés no Inverno.
-Tem calma coelhinho que eu vou ajudar-te.
-Pareço um talibam para aqui mandado sem culpa formada, ninguém me liga nem liberta. Faz-me um favor, pede ao senhor presidente da Câmara ou à senhora vereadora dos jardins que me mande libertar e me solte nos campos da Bragança, aí é que é o meu habitat natural, eu depois desenrasco-me e vou à procura da família, nem sequer vou pedir indemnização à Câmara.
Se eles não me quiserem libertar vai falar com uma dessas associações ambientalistas e de protecção dos animais, porque os animais também têm direitos...
O recado aqui vai para o senhor presidente da Câmara e para a senhora vereadora dos espaços verdes...LIBERTEM O COELHINHO.